A mente é o meu espaço de
liberdade e a minha prisão
Percorro mundo e é nela
que viajo
Tudo nela está pronto a
ser descoberto ou a ser obscurecido
O tempo é gerido no
relógio da minha mente
Que cavalga séculos ou se
retém em insignificantes segundos
E por vezes se esquece de
contar
O amor está todo aqui
feito, pronto a usar
Nesta mente não há paixão
desconhecida
Nem ideal que não encontre
acolhimento
A minha mente é um deus sem
culto
Um templo de todos os
ódios e afetos
Abrigo certo de todos os
seres e universos
A minha mente é o meu
continente
O meu abrigo, o meu território
de expansão
Mas não sou eu quem nela
habita
É um prisioneiro do tempo
que por lá vagueia
Todos dias fazendo
projetos de novas viagens
Espreitando todas as
oportunidades para dela se escapar
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