No verão, o pai/mãe
Sol é generoso: retoca as nossas cores, põe-nos morenos, atraentes. Mas as
noites, a cidade, a vida pouco cuidada, embaçam a nossa pele, empalidecem-nos. E
quando o encanto decai, quem se atraiu por nós em veranis entusiasmos,
continuará assim atraído? Para prevenir desilusões sugiro que nos mostremos, intermitentemente,
“feios”, desencantadores, pois, como é sabido, não há maquilhagem que sempre
dure e os amantes “vero, vero”, devem ser aptos a resistir à face oculta da
beleza... Todavia, quem ensaiar esse teste, deve fazê-lo genuinamente, sem
batota; o estilo “faz de conta” - “négligé” - nunca deve ser usado pois os
resultados são incertos.
Depois, se ninguém acusar
mudanças ou hesitar, se o encanto persistir, as perspectivas – embora nada o
garanta - serão mais animadoras.
Daniel D. Dias